O maior medo
É aquele que anda em segredo
Não se diz, sequer pra si mesmo
Por medo de, cedo, se expor
A maior fuga
É a que vive quente, rubra
Ardente e soturna
Por dentro da gente
Corrói qual veneno
Torpor
O maior trauma
É o que vive no verso da alma
Mas faz-te cavalo na fauna
Dos tempos vividos com dor
O maior desgosto
Pode fazer
Do lado oposto
O mal exposto no teu rosto
Ir do personagem
Ao ator
O maior risco
Faz-te uma lesão no menisco
Se mesmo em ranhura e chapisco
Não rompe o muro, seu trator
O maior remédio
É de todos
O mais sublime assédio
Mas faz-se parecer tão médio
Réu
Cego no abismo
É o amor
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