quarta-feira, 25 de junho de 2014

Não há trilha

Não há trilha...
E do trilho
A emoção me descarrilha
Só ouço
O ranger do osso
E me faço o esboço do cão na matilha
Rumo à nova idade
A maternidade me traz pra essa ilha
Em que me isolo
Muita água, sal
E muito pouco solo
Sem firmeza ou fibra
Sigo na espera
Que um sinal de fogo ou grito de outra filha
Traga-me de volta aquela:
O ser que mais brilha
Me salvou da vida ou quiçá da morte
E só mais isso:
Um norte
É o que peço a ela!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Viva!

Não basta só ver o tempo passar
Tem que se estar, sentir, vivenciar
Se o barco corre solto e o vento leva
A vida é o labirinto em que navega

Se o sopro num instante leva além
Não cabe a nós pensar que não convém
Mas sim dar nosso jeito, pela trilha
De sermos, na chegada, algo que brilha

Reluza, faça, crie, transpareça
A essência que, na vida é o que interessa
Pois se deixar pr'outra oportunidade
Talvez sobre, do que não foi, saudade

A vida é mais um jogo de revés e sorte
Portanto viva muito até a morte