Tudo verde e vermelho
A "cidade" a brilhar
Mas me olho no espelho
E me ponho a imaginar
Do outro lado do rio
Como devem estar
Os que como coelho
Fazem a vida brotar
Tamanho destrambelho
E o pentelho a chorar
Faz com que outra sina
Venha a se anunciar
Pode ser um conselho
De Deus, um penejar
Uma ovelha, um cordeiro
Vindo pra nos salvar
Jesus, José, João
Ou mais um cão a ladrar
Ladrão ou mensageiro
Da morte pra preservar
O equilíbrio no bueiro
Pois não tem onde estar
O filho do pedreiro
Que à "cidade" fez levantar
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Sou o samba
Sou brisa, sou vendaval
Sou calma, sou euforia
Sou up, sou meio down
Sou tristeza e alegria
Sou de todos e só seu
Sou tempo, sou correria
Sou luz e também o breu
Sou prosa, sou poesia
Sou árvore, sou semente
Sou pedra e sou papel
Sou foz e também nascente
Sou Cartola, sou Noel
Sou discreto e dou bandeira
Sou mártir e sou cruel
Sou Nelson de Mangueira
Martinho de Vila Isabel
Sou flor e também espinho
Sou corda e sou caçamba
Sou violão, cavaquinho
Sou firme e da corda bamba
Sou àspero, sou mansinho
Sou dúvida e decisão
Sou choro, sou brasileirinho
Sou canção, sou o samba
Sou calma, sou euforia
Sou up, sou meio down
Sou tristeza e alegria
Sou de todos e só seu
Sou tempo, sou correria
Sou luz e também o breu
Sou prosa, sou poesia
Sou árvore, sou semente
Sou pedra e sou papel
Sou foz e também nascente
Sou Cartola, sou Noel
Sou discreto e dou bandeira
Sou mártir e sou cruel
Sou Nelson de Mangueira
Martinho de Vila Isabel
Sou flor e também espinho
Sou corda e sou caçamba
Sou violão, cavaquinho
Sou firme e da corda bamba
Sou àspero, sou mansinho
Sou dúvida e decisão
Sou choro, sou brasileirinho
Sou canção, sou o samba
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Fio de vida
Como num leve tecer
Deus nos uniu nessa vida
Que num breve amanhecer
Vai da chegada à partida
Mas se o que resta é coser
Os fios numa invernada
Faz-se então preciso crer
Que, com o passar da boiada
Vai-se de novo aquecer
Os filhos, na companhia
Da mãe que há de endurecer
Seus passos na caminhada
Abre-se, então, precedente
Pra que se tome cuidado
E ame-se mais cada ente
Independente do estado
Em que se encontra, na vida
Essa pessoa encarnada
Pois que podem, da partida
Recomeçar, na chegada
Os novos passos da vida
Na mesma letal estrada
Deus nos uniu nessa vida
Que num breve amanhecer
Vai da chegada à partida
Mas se o que resta é coser
Os fios numa invernada
Faz-se então preciso crer
Que, com o passar da boiada
Vai-se de novo aquecer
Os filhos, na companhia
Da mãe que há de endurecer
Seus passos na caminhada
Abre-se, então, precedente
Pra que se tome cuidado
E ame-se mais cada ente
Independente do estado
Em que se encontra, na vida
Essa pessoa encarnada
Pois que podem, da partida
Recomeçar, na chegada
Os novos passos da vida
Na mesma letal estrada
domingo, 20 de janeiro de 2013
Nós, os carecabeludos
Já disseram que os carecas são os maiorais
E eu, que careca na frente, com cabelo atrás
Serei ainda tão forte que nem o Sansão?
Ou por não ter franja de Superman
Serei menos homem que alguém então?
Há quem diga que dos tipos sou o melhor
Há quem diga: Corte tudo, irmão!
Diga, seu Queiroz, minha situação
Serei eu algoz ou sou bom moço então?
Tal como um vilão que às vezes é herói
Minha fama ninguém mais destrói
Sou o maioral e como a maioria
Na frente o tal, atrás como Maria
Como quem quiser, tal interpretação
Depende da leitura do povão!
E eu, que careca na frente, com cabelo atrás
Serei ainda tão forte que nem o Sansão?
Ou por não ter franja de Superman
Serei menos homem que alguém então?
Há quem diga que dos tipos sou o melhor
Há quem diga: Corte tudo, irmão!
Diga, seu Queiroz, minha situação
Serei eu algoz ou sou bom moço então?
Tal como um vilão que às vezes é herói
Minha fama ninguém mais destrói
Sou o maioral e como a maioria
Na frente o tal, atrás como Maria
Como quem quiser, tal interpretação
Depende da leitura do povão!
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